Como é esta transição da negação do conhecido para o surgimento do desconhecido? Como a pessoa nega? A pessoa nega o conhecido, não em grandes incidentes dramáticos, mas em pequenos incidentes? Eu nego quando estou me barbeando e lembro do bom tempo passado na Suíça? A pessoa nega a lembrança de um tempo agradável? Ela cresce consciente disto, e nega isto? Isso não é dramático, não é espetacular, ninguém sabe disto. Entretanto esta constante negação de coisas pequenas, as pequenas limpezas, pequenas varridas, não só uma grande faxina , é essencial. É essencial negar o pensamento como lembrança, agradável ou desagradável, a cada minuto do dia em que ele surge. A pessoa não faz isto por algum motivo, não a fim de entrar no extraordinário estado do desconhecido. Você vive em Rishi Valley e pensa em Bombaim ou Roma. Isto cria um conflito, torna a mente estúpida, uma coisa dividida. Você consegue ver isto e apagar? Consegue continuar apagando não porque você quer entrar no desconhecido? Você nunca pode saber o que é o desconhecido porque, no momento em que o reconhece como o desconhecido, você está de volta ao conhecido.
Sobre Educação; Conversa com professores – Capítulo 4