A mente que compreendeu a natureza do prazer e do medo não é mais violenta e pode, portanto, viver em paz consigo mesma e com o mundo.
Palestras e Diálogos Saanen 1967
Considerando que um momento de plena consciência, de plena compreensão consciente, traz paz verdadeira e duradoura; não uma coisa estática, mas aquela paz que está continuamente em movimento, ilimitada.
Auckland, Palestra aos Teosofistas – 31 de março de 1934 – 2
Pergunta: Podemos parar a guerra orando pela paz?
Krishnamurti: Não acho que a guerra possa ser interrompida pela oração. Orar pela paz não é simplesmente uma forma particular de alívio emocional? Pensamos que somos incapazes de evitar a guerra e assim encontramos na oração um alívio para este horror. Você acha que simplesmente orando pela paz vai interromper a violência no mundo? A oração se torna uma forma de fugir da realidade. Aquele estado emocional que resulta da oração pode também ser trabalhado pelos propagandistas com propósitos de guerra, ódio. Como a pessoa ora ansiosamente pela paz, do mesmo modo entusiasticamente, é persuadida sobre as belezas do nacionalismo e da necessidade da guerra. Orar pela paz é completamente inútil. As causas da guerra são fabricadas pelo homem, e não há valor em apelar para alguma força exterior pela paz. A guerra existe por razões psicológicas e econômicas. Até que estas causas sejam fundamentalmente alteradas, a guerra existirá, é orar por paz não tem valor.
Ojai, 8ª Palestra em Oak Grove – 24 de maio de 1936