https://jkrishnamurti.org/content/%EF%BB%BFjkrishnamurti-ojai-7th-public-talk-25th-june-1944

                                                                                                                                Sétima Palestra em Oak Grove

Eu venho tentando explicar, nas minhas últimas palestras, como cultivar o pensar correto; como o pensar correto chega com o autoconhecimento. Quanto mais você está cônscio de seu pensamento-sentimento, mais fica desapegado, e quanto menos você se identifica, maior o autoconhecimento; e é esse autoconhecimento que dissolve a ignorância e o sofrimento. Na compreensão do ego, o pensar correto acontece.

A virtude, como expliquei, está em libertar o pensamento-sentimento do anseio; também, para liberar o pensamento deve haver franqueza. A dependência destrói o amor. O anseio sempre cria apego, possessividade, de onde vem o ciúme, a inveja e aqueles conflitos com os quais estamos todos familiarizados. Onde existe dependência e apego, aí não existe amor.

Na compreensão da relação descobriremos que a causa da perturbação e da dor está na dependência do outro para nossa sustentação interna e felicidade. Assim, a relação se torna simplesmente um meio de autogratificação, o que produz apego e medo. Relação é um processo de autorrevelação; relação é o espelho em que você começa a descobrir a si mesmo, suas tendências, pretensões, egoísmo e motivos limitados, medos e assim por diante. Na relação, se você estiver consciente, descobrirá que está sendo exposto, o que causa conflito e dor. O homem cuidadoso aceita essa auto-exposição para trazer ordem e clareza, para libertar seu pensamento-sentimento do isolamento, das tendências de fechamento em si mesmo. Mas a maior parte de nós busca conforto e gratificação na relação; não queremos nos revelar a nós mesmos; não desejamos estudar a nós mesmos como somos, então a relação se torna cansativa e buscamos fugir. Buscamos paz na relação, e se não a encontramos, provocamos mudanças gratificantes até encontrarmos aquilo que buscamos – conforto estúpido ou alguma distração para encobrir nosso profundo vazio e medos dolorosos. Mas a relação será sempre dolorosa, um constante empenho, até que dela surja profundo e extenso autoconhecimento. Com profundo autoconhecimento há amor inesgotável.

Se compreendermos a relação e a causa da dependência, não provocaremos animosidade, e isso é de primordial importância. A causa da animosidade em toda relação não pode ser descoberta se a relação não for um processo de autorrevelação. Se não houver causa para a animosidade, então não haverá nem o amigo nem o inimigo, nem quem perdoa nem quem é perdoado. Nós provocamos animosidade através do orgulho da posição, conhecimento, família, capacidade e, assim, despertamos no outro má vontade e inveja.

O anseio de se tornar causa medo; ser, conseguir e, por isso, depender, engendra medo. O estado de não-medo não é negação, não é o oposto de medo nem é coragem. Na compreensão da causa do medo, há sua cessação, não se tornar corajoso, pois em todo o se tornar existe a semente do medo. A dependência de coisas, de pessoas, ou de ideias gera medo; a dependência nasce da ignorância, da ausência de autoconhecimento, da pobreza interior; o medo causa incerteza da mente-coração, impedindo a comunicação e a compreensão. Por meio da consciência de si começamos a descobrir e, assim, compreender a causa do medo, não apenas o superficial, mas os medos profundos, causais, cumulativos. O medo é tanto inato como adquirido; ele se relaciona com o passado, e para libertar o pensamento-sentimento dele, o passado tem que ser compreendido através do presente. O passado está sempre esperando para dar origem ao presente que se torna a memória identificada do ‘mim’ e do ‘meu’, o ‘Eu’. O ego é a origem de todo o medo.

Inibir ou suprimir o medo não é transcendê-lo; sua causa deve ser autodescoberta e compreendida e dissolvida. Conscientizando-se do anseio e de sua dependência, observando com complacente desapego seus caminhos e ações, o medo permite a compreensão. Certamente, existem três estados de conscientização de cada problema: primeiro se conscientizar dele; então estar profundamente consciente de sua causa e efeito e de seu processo dual; e, então, transcendê-lo, o pensador e o pensamento devem ser vivenciados como um só. A maioria de nós está inconsciente, digamos assim, do medo e, se tomamos consciência dele, ficamos apreensivos, fugimos dele, o suprimimos ou encobrirmos. Se não fizermos nenhuma dessas coisas, então, através de constante conscientização, a causa e seus processos começam a se revelar; se não formos impacientes, se não formos ávidos por um resultado, então essa chama da conscientização, que traz compreensão, dissolve a causa e seus processos sempre crescentes. Existe apenas uma causa, mas seus caminhos e expressões são muitos.

Inibir, proibir o medo não erradica a causa, mas apenas produz mais fatores de perturbação e sofrimento. Através de tolerante observação do medo, através de estar consciente de cada ocorrência de medo, ele se permite revelar-se; acompanhando-o sem identificação, com complacente desapego, surge a compreensão criativa que pode dissolver a causa do medo sem desenvolver seu oposto que é outra forma de medo.

Interrogante: Por que você não encara os males econômicos e sociais em vez de fugir por meio de questões obscuras, místicas?

Krishnamurti: Eu venho tentando apontar que só dando importância àquelas coisas que são fundamentais, os assuntos secundários podem ser compreendidos e resolvidos. Os males econômicos e sociais não são ajustados sem se compreender o que os causa. Para compreendê-los e, assim, produzir uma mudança fundamental, temos que, primeiro, compreender a nós mesmos que somos a causa desses males. Nós criamos, individualmente e como grupo, disputa e confusão econômica e social. Só nós somos responsáveis por elas e, assim, nós, individualmente e, talvez, coletivamente, podemos trazer ordem e clareza. Para agir coletivamente, devemos começar individualmente; para agir como grupo, cada pessoa deve compreender e mudar radicalmente aquelas causas dentro de si mesmo, pois elas produzem o conflito e a miséria exterior. Por meio da legislação você pode obter certos resultados benéficos, mas sem alterar as causas interiores, fundamentais do conflito e do antagonismo elas serão subvertidas e a confusão retornará; reformas externas sempre precisarão de mais reforma e esse caminho leva à opressão e violência. Ordem externa duradoura e paz criativa podem surgir apenas se cada pessoa trouxer ordem e paz dentro de si.

Cada um de nós, não importa a posição, está em busca de poder, é ambicioso, sensual, ou violento; sem dar fim a isso em si mesmo, por si mesmo, a simples reforma exterior pode produzir resultados superficiais, mas eles serão destruídos por aqueles que estão sempre em busca de posição, fama e assim por diante. Para produzir a necessária e fundamental mudança no mundo exterior com suas guerras, competições e tirania, certamente você tem que começar com você mesmo e se transformar profundamente. Você dirá, com certeza, que desse modo vai levar muito tempo para reformar o mundo. O que é que tem? Uma revolução curta, drástica, superficial mudará o fato interior? Pelo sacrifício do presente um futuro feliz será criado? Por meios errados os fins corretos acontecerão? Isso não nos foi mostrado e, contudo, seguimos cegamente, sem pensar, com o resultado que há completa destruição e miséria. Você pode ter paz, ordem apenas por meios pacíficos e ordeiros. Qual é o propósito de revoluções sociais e econômicas exteriores? Libertar o homem, ajudá-lo a pensar-sentir integralmente, viver completamente? Mas aqueles que desejam imediata e rápida mudança na ordem econômica e social – eles não criam também o padrão de comportamento e pensamento; não como pensar, mas o que pensar? E isso burla seu próprio propósito, e o homem é, novamente, um brinquedo do ambiente.

Eu tenho tentado explicar nessas palestras que ignorância, má vontade e luxúria causam sofrimento, e sem autopurificação desses impedimentos nós, inevitavelmente, produziremos conflito exterior, confusão e miséria. Ignorância, a ausência de autoconhecimento, é o maior “mal”. A ignorância impede o pensar correto e dá ênfase principal a coisas que são secundárias, e a vida fica vazia, estúpida e uma rotina mecânica da qual buscamos várias fugas: explosão pelo dogma, especulação e ilusão e assim por diante, o que não é misticismo. Tentando compreender o mundo exterior, chega-se ao interior, e esse interior, quando apropriadamente buscado e corretamente compreendido, leva ao supremo. Essa realização não é fruto de fuga. Apenas essa realização trará paz e ordem ao mundo.

O mundo está num caos porque nós fomos em busca de valores errados. Nós demos importância à sensualidade, ao mundanismo, à fama pessoal ou imortalidade que produzem conflito e sofrimento. O valor fundamental está no pensar correto; não existe pensar correto sem autoconhecimento e autoconhecimento vem com conscientização de si.

Interrogante: Você não acha que existem nações amantes da paz e nações agressivas?

Krishnamurti: Não. O termo nação é separativo, exclusivo e, assim, causa de contenda e guerras. Não existem nações amantes da paz; todas são agressivas, dominadoras, tirânicas. Enquanto ela permanecer como uma unidade separada, apartada das outras, tendo orgulho na segregação, no patriotismo, na raça, ela vai gerar incontável miséria para si e para as outras. Você pode não ter paz e ainda ser exclusivo. Você não pode ter fronteiras econômicas e sociais, nacionais e raciais sem convocar animosidade e ciúme, medo e suspeita. Você não pode ter plenitude enquanto outros passam fome, sem convocar a violência. Nós não estamos separados, nós somos seres humanos em relação comum. Seu sofrimento é o sofrimento de outro – matando o outro, você está destruindo a si mesmo, odiando o outro você sofre, pois você é o outro. Boa vontade e fraternidade não são alcançadas por meio de nacionalidades e fronteiras separadas e exclusivas; elas devem ser deixadas de lado para trazer paz e esperança ao homem.

E, além disso, por que você se identifica com uma nação, com um grupo, ou com uma ideologia? Não é para proteger seu pequeno ego e suas vaidades mortais, sustentar sua própria glória? Que orgulho existe no ego que traz guerras e miséria, conflito e confusão? Uma nação é a glorificação do ego e, por isso, geradora de disputa e sofrimento.

Interrogante: Eu sou grandemente atraído e, também temeroso do sexo. Ele se tornou um problema torturante, e como se resolve isso?

Krishnamurti: Ele se tornou um problema consumidor porque nós deixamos de ser criativos. Intelectualmente e moralmente nos tornamos simplesmente máquinas imitativas; religiosamente nós simplesmente copiamos, aceitamos a autoridade e estamos entorpecidos. Nossa educação nos limita; nossa sociedade, sendo competitiva, nos desgasta; os cinemas, rádios, jornais estão nos dizendo continuamente o que pensar, sensualmente e falsamente nos estimulando. Nós buscamos e somos alimentados por constante ruído. Assim, encontramos um alívio no sexo que se tornou um problema torturante.

Através da conscientização, o hábito repetitivo do pensamento que nós consideramos como pensar é colocado sob a luz da compreensão; observando-o, examinando-o com complacente desapego, suspendendo o julgamento, começaremos a despertar a compreensão criativa. Esse é o processo de desembaraçar o pensamento-sentimento de todos os obstáculos, limitações; uma vez que nos tornamos conscientes desse processo, todos os nossos problemas, triviais ou complexos, podem ser expostos a ele e a compreensão criativa que vem daí. Então, é essencial captar isso. Negação e aceitação, julgamento ou comparação, que significam identificação, impedem o florescimento completo do pensamento-sentimento. Se você não se identifica, conforme o pensamento-sentimento flui, você o acompanha, pondera, você o sente tão ampla e profundamente quanto possível se conscientizando de suas vastas e profundas implicações. Assim, a mente estreita, pequena, fechada em si mesma rompe com suas limitações e bloqueios auto-impostos. Nesse processo de clarificação há alegria criativa interior.

Desta maneira se resolve o problema da luxúria. E como eu disse, a simples inibição ou supressão não resolve o problema, mas só atua como mais um fator de excitação, perturbação, apenas reforçando o processo de autofechamento do ‘Eu’ e do ‘meu’. Conscientize-se do problema tão extensivamente e profundamente quanto possível e, assim, descubra sua causa. Não se identifique com a causa julgando-a ou comparando-a, condenando ou aceitando, mas olhe essa causa se expressando de muitas formas; acompanhe-a, reflita sobre ela, sinta-a inteligentemente, com tolerante desapego. Nessa extensa conscientização o problema é resolvido e transcendido.

Existe uma diferença entre dominar a sensualidade e o estado da não-sensualidade. Na não-sensualidade, o pensamento-sentimento não é mais escravo dos sentidos, e simplesmente dominar é ser dominado novamente. A conscientização, que gera compreensão criativa, liberta o pensamento-sentimento da luxúria, mas encontrar substitutos para a luxúria é ainda ser luxurioso. Não existe saída para o conflito e o sofrimento salvo no pensar correto. Sem autoconhecimento não existe pensar correto. Por meio da conscientização os caminhos do ego são descobertos, e é essa descoberta que liberta, que é criativa. O amor é casto, mas uma mente que trama para ser não é.

Interrogante: Você não acha que existe um princípio de destruição na vida, uma vontade inconsciente completamente independente do homem, sempre adormecida, pronta para brotar em ação, que nunca pode ser transcendida?

Krishnamurti: Certamente sabemos que dentro de nós existem estas duas capacidades opostas – destruir e criar, ser bom e ser pernicioso. Agora, elas são independentes uma da outra? A vontade de destruir está separada da vontade de viver, ou a vontade de viver, de se tornar é em si mesma um processo de destruição? O que nos faz destruir? O que nos faz raivosos, ignorantes, brutos; o que nos impulsiona para matar, buscar vingança, enganar? É uma vontade cega, uma coisa sobre a qual não temos qualquer controle – vamos chamar de mal – uma força independente de mal, ou uma ignorância incontrolável? O impulso para destruir é inato ou ele é a resposta a uma demanda mais profunda para viver, ser, se tornar? Essa reação não é para ser transcendida, ou ela pode ficar mais lenta para ser examinada ou compreendida? É possível diminuir a velocidade de uma resposta. Ou, existe um ponto cego que não pode ser examinado, um resultado da hereditariedade, um resultado inato que condicionou tanto nosso pensar que somos incapazes de olhá-lo? E, assim, pensamos que existe um poder de destruição, de mal, que não pode ser transcendido.

Certamente qualquer coisa que tenha sido criada, que tenha sido feita, pode ser compreendida por aqueles que a criaram. Este processo dual de bem e mal existe em nós para criar e para destruir. Nós o criamos e, portanto, para compreendê-lo, devemos ter a faculdade da observação desapaixonada de nós mesmos que requer grande vigilância e conscientização flexível. Ou podemos dizer que em todos nós existe, potencialmente, esse mal adormecido, um poder que é destrutivo em si mesmo. Embora possamos ser amorosos, generosos, indulgentes, esse poder – como um terremoto – completamente impessoal, busca uma ocasional explosão. E como sobre um terremoto, sobre atos da natureza não temos controle, também sobre esse poder não temos qualquer influência.

E é isso mesmo? Não podemos, compreendendo a nós mesmos, compreender as causas que existem em nós para destruir e para criar? Se, primeiro, pudermos esclarecer a confusão que existe na camada superficial de nossa mente consciente, então dentro dela, porque está aberta, clara, as camadas mais profundas da consciência, com seus conteúdos, podem se projetar. Esse esclarecimento da camada superficial chega quando o pensamento-sentimento não está identificado, mas desapegado e, por isso, capaz de observar sem comparação e julgamento. Só então, a mente consciente pode descobrir o que é verdadeiro. Assim você pode testar em si mesmo se existe em você um elemento que está absolutamente fora de seu controle, um elemento destrutivo. Assim você pode descobrir se ele é o resultado de condicionamento ou se é ignorância ou se é um ponto cego ou uma força maligna independente e incontrolável. Só então você pode descobrir se você é ou não capaz de transcendê-lo.

Quanto mais você compreende a si mesmo e, assim, provoca o pensar correto, menos você descobrirá que existe alguma tendência, alguma ignorância, alguma força dentro de você que não pode ser transcendida. E a partir daí, você descobrirá um êxtase que chega com a compreensão, com a sabedoria. E não é a fé e a esperança do tolo. Compreendendo a nós mesmos completamente e criando assim a faculdade de sondar profundamente, descobriremos que não existe coisa alguma que não possa ser examinada e compreendida. Desse autoconhecimento vem a compreensão criativa; mas porque não compreendemos a nós mesmos, há ignorância. Aquilo que o pensamento criou, o pensamento pode transcender.

Interrogante: Por que existem tantas pessoas loucas, desequilibradas no mundo?

Krishnamurti: Que civilização é esta que construímos? Uma civilização que é o resultado do anseio, o fator dominante da gratificação sensorial. E tendo produzido um mundo em que o valor sensorial domina, naturalmente as sensibilidades criativas são ou destruídas ou desvirtuadas ou bloqueadas. Através do valor dos sentidos, não existe livramento e, assim, os indivíduos recorrem à fabricação de ilusões, consciente ou inconscientemente, o que, eventualmente, os isola. A menos que o valor sensorial ceda ao valor eterno, teremos ilusões e disputa, confusão e guerra. Para gerar uma mudança fundamental no valor, você deve se tornar cuidadoso e descartar aqueles valores do ego, de anseio, por meio da constante conscientização e autoconhecimento.

Interrogante: Eu sou intensamente solitário. Aparentemente não posso ir além dessa miséria. O que faço?

Krishnamurti: Este não é apenas um problema individual; a totalidade do pensamento humano sente-se solitário. Se pudermos refletir sobre isso, pensar profundamente, seremos capazes de transcender isso. Como eu expliquei, nós criamos em nós, através do anseio, um processo dual, e dele surge o ‘Eu’, o ‘meu’, o ego, e o não-ego, meu trabalho, minha aquisição e assim por diante. Tendo criado, pelo anseio, esse processo conflitante do ‘Eu’ e não ‘Eu’, sua conseqüência natural é o isolamento, completa solidão. Na relação, na ação, se houver qualquer pensamento-sentimento de autofechamento, está determinado que serão construídas paredes isoladoras que causam intensa solidão.

O anseio engendra medo, o medo alimenta a dependência – dependência de coisas, pessoas, ou ideias. Quanto maior a dependência, maior a pobreza interior. Conscientizando-se dessa pobreza, solidão, você tenta enriquecê-la, tenta encobri-la com conhecimento ou atividade, com diversão ou mistério. Quanto mais você tenta preenchê-la, encobri-la mais profundamente a causa real da solidão fica enterrada. O ego é insaciável e não existe satisfação para ele. Ele é como um vaso rachado, um buraco sem fundo que não pode ser preenchido.

Conscientizando-se do pensamento-sentimento criando sua própria escravidão e dependência e gerando, assim, isolamento, conscientizando-se do cultivo de valores sensoriais que, inevitavelmente, trazem pobreza interior; a partir dessa própria conscientização – a partir dessa compreensão extensa e meditativa, o tesouro imperecível é descoberto. Através dessa constante conscientização, se corretamente desdobrada, sempre mais profunda e ampla, surge a serenidade e a alegria da mais elevada sabedoria.

25 de junho de 1944